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HISTÓRIA

   Após a Primeira Guerra Mundial, não existiam dúvidas de que a próxima guerra não seria executada sem agentes de guerra química. Quanto mais o conflito parecia realista, potenciais substâncias eram estudadas com o objetivo de descobrir armas mais eficazes. [1]

    Alguns anos se passaram e em 1934, um projeto sobre inseticidas sintéticos foi lançado na corporação industrial I. G. Farben (Alemanha) por Otto Bayer, que designou este ramo de pesquisa para o químico Gerhard Schräder. Em 1936, o interesse da Schräder transformou-se em compostos organofosforados, tendo a sua pesquisa levado à síntese de mais de 2.000 compostos. [1] [2]

    Contudo, desde 1935 que seria obrigatório um decreto oficial para que todas as invenções com potencial militar fossem comunicadas ao ministério da guerra alemão. Assim, em 1937, as amostras de Tabun e Sarin foram enviadas para o Escritório de Armas do Exército Alemão onde o seu valor para fins militares foi imediatamente declarado e, portanto, todos os pedidos de patente relativos a esses agentes foram mantidos em segredo. Toda a pesquisa relacionada com estes compostos foi cuidadosamente guardada e realizada sob o nome de código Trilon. [1] [2]

    A descoberta de Tabun e Sarin foi ainda seguida pela revelação de um análogo pinacolílico do Sarin: Soman (3,3-dimetilbutan-2-ilmetilfosfonofluoridato), GD, em 1944 pelos vencedores do Prémio Nobel Richard Kuhn e Konrad Henkel. Tabun, sarin e soman pertencem à classe dos agentes nervosos. [1]

    Até abril de 1945, quase 9000 toneladas de Tabun, 1300 toneladas de Sarin e 20 toneladas de Soman foram produzidos em massa pelo regime liderado por Adolf Hitler, no entanto, nunca foram utilizados. [1]

    Recentemente, tem havido um debate considerável sobre o porquê de os alemães não terem usado o seu arsenal químico na Segunda Guerra Mundial. Várias explicações incluem experiência negativa pessoal de Adolf Hitler, que foi seriamente afetado pelo gás mostarda durante a Primeira Guerra Mundial; medo de retaliação; a subestimação da superioridade alemã em armas químicas. [1]

[1] Nepovimova, Eugenie, and Kamil Kuca. "Chemical warfare agent NOVICHOK-mini-review of available data." Food and chemical toxicology  Volume 121 pp 343-350 (2018)

[2] Gupta, Ramesh C., ed. Handbook of toxicology of chemical warfare agents. Academic Press, 2015.

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