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Tratamento farmacológico passa pela administração de um fármaco anti-colinérgico, uma oxima e um anticonvulsionante, sendo os fármacos utilizados, por lei, em caso de exposição a agente nervoso a atropina, o cloreto de pralidoxima (2-PAM Cl) e o diazepam, respetivamente. [2]

 

Os dois primeiros funcionam como antídotos à toxicidade dos agentes nervosos sendo que a atropina é antagonista dos recetor muscarínicos e 2-PAM Cl quebra a ligação do Soman com a colinesterase, restaurando a normal atividade da mesma. As guidelines de administração dos mesmos encontram-se abaixo. [2]

 

Atropina deve ser administrada a cada 5 a 10 minutos até que as secreções comecei a secar.[1][2][4]

A administração de 2-PAM Cl deve ser repetida 2 a 3 vezes desde que não exceda 2000 mg em uma hora.

 

Diazepam, tal como o lorazepam e outras benzodiazepinas, podem utilizado para diminuir a atividade convulsiva e reduzir o risco de brain damage que poderá ocorrer após convulsões  prolongadas. Fenitoína (fármaco usado o controlo da epilepsia) e barbitúricos não demonstraram efeitos. São administrados 5 a 10 mg de diazepam em adultos e 0,2 a 0,5 mg/kg crianças, doses que podem ser repetidas 1 ou 2 vezes após intervalos de 10 minutos.[1][4]

 

Existem vários métodos de tratamento alternativos que, embora se tenham mostrado eficazes no controlo da sintomatologia e redução do tempo de hospitalização, a sua utilização após exposição a agentes nervosos ainda necessita de ser devidamente estudada. É o caso de, por exemplo, a administração IV de 4mg de sulfato de magnésio no primeiro dia após a exposição. O sulfato de magnésio reduz a libertação de acetilcolina através do bloqueio de canais de cálcio e reduz a estimulação do SNC. [3]

 

Independentemente do tratamento utilizado, devem ser monitorizadas a respiração e ventilação, bem como proceder à realização de um eletrocardiograma. Pode também ser necessário oxigenação suplementar, aspiração frequente de secreções, inserção de um tubo na traqueia (intubação endotraqueal) e ventilação assistida.[1]

Tratamento.JPG

[1] Cdc.gov. (n.d.). CDC - The Emergency Response Safety and Health Database: Nerve Agent: SOMAN (GD) - NIOSH. [online] Disponível em: https://www.cdc.gov/niosh/ershdb/emergencyresponsecard_29750003.html [Acedido a 8 maio 2019].

[2] Atsdr.cdc.gov. (n.d.). ATSDR - Medical Management Guidelines (MMGs): Nerve Agents (GA, GB, GD, VX). [online] Disponível em: https://www.atsdr.cdc.gov/mmg/mmg.asp?id=523&tid=93 [Acedido a 8 maio 2019].

[3] Moshiri, M., Darchini-Maragheh, E. and Balali-Mood, M. (2012). Advances in toxicology and medical treatment of chemical warfare nerve agents. DARU Journal of Pharmaceutical Sciences, 20(1), p.81.

[4] Moyer,, R. A., Sidell,, F. R., & Salem,, H. (2014). Soman. Encyclopedia of Toxicology, 358–362.doi:10.1016/b978-0-12-386454-3.00654-0

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